Ex-aluna angolana do MBA – Negócios da Sustentabilidade quer melhorar a realidade de seu país
Sexta, 28 de Setembro de 2012
Há sete anos no Brasil, Fernanda Kuva, angolana, natural de Bocoio, província de Benguela, encara mais um desafio em uma vida de constantes embates: voltar a sua terra natal e aplicar tudo que aprendeu e internalizou em sua experiência no Brasil.
Fernanda, 50 anos, é freira da Congregação Bom Pastor,entidade fundada na França por Santa Maria Eufrásia Pelletier e que possui sedes em 65 países, nos cinco continentes e que prega que uma pessoa vale mais que o mundo e nada é impossível ao amor. Mais de uma década de trabalho na instituição e a vivência diária das dificuldades crônicas de seu país natal levaram essa senhora do mundo a buscar, no Brasil, meios para melhorar sua formação e, assim, conseguir ajudar seus conterrâneos que vivem em realidades tão desiguais.
Aqui, no Brasil, ela também enfrentou preconceitos e superou diversas situações adversas. Cursou o supletivo no país, na faculdade, graduou-se em Pedagogia, fez uma pós-graduação Lato Sensu em Psicopedagogia e, coroando sua formação acadêmica em nosso país, participou do MBA de Negócios da Sustentabilidade: Ambiente, Cultura e Turismo, promovido pelo CEDS na cidade de São Sebastião.
“Volto a Angola com mais experiência, aprendizado, para melhor ajudar naquilo que for necessário na vida das pessoas, crianças e adolescentes, em particular na área de ensino e no que concerne à formação da cidadania a partir de princípios e valores culturais”, conta Fernanda.
Agora, ela lida com o processo de retorno para Angola e já tem planos de organizar projetos sociais voltados ao estímulo de uma visão crítica, ao protagonismo e a adoção de princípios éticos e valores culturais por parte de jovens. Esbarra, no entanto, em um problema comum: os recursos e inexperiência. Sempre otimista, a irmã Fernanda Kuva guarda consigo, ainda assim, a esperança de superar essas novas dificuldades e concretizar seu desejo de mudança e contribuição a sua gente. “Na medida do possível, também procurarei ajudar na transformação da consciência das mulheres angolanas diante das realidades atuais e principalmente com o estilo patriarcal predominante no país”, conclui.
