Sexta, 22 de Junho de 2012
Criada em 1987, através do Decreto Federal nº94658, a Estação Ecológica (ESEC) Tupinambás comemora 25 anos em 3 de julho de 2012, com uma cerimônia no Instituto Oceanográfico da USP (Praça do Oceanográfico, 191 – Cidade Universitária – São Paulo), às 19 horas.
A Estação Ecológica é administrada pelo ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, autarquia do MMA – Ministério do Meio Ambiente, criado em 2007 e que tem a função de propor, gerir, fiscalizar e monitorar as Unidades de Conservação instituídas pela União.
Objetivo
A preservação da natureza. Assim sendo atividades como pesquisa científica e a educação ambiental, só são permitidas mediante autorização específica. Além de proteger áreas no Arquipélago de Alcatrazes, em São Sebastião, a ESEC protege ilhas e lajes próximas à Ilha Anchieta, em Ubatuba.
Localização
Com uma área aproximada de 2.445 hectares, a Esec Tupinambás é composta por conjuntos de ilhas, ilhotas, lajes e parcéis litorâneos. O primeiro conjunto, em São Sebastião, a cerca de 34 quilômetros da costa, compreende parte do Arquipélago dos Alcatrazes. O segundo está localizado em Ubatuba e inclui a Ilha das Palmas, Ilhote e Laje do Forno, situados a leste da Ilha Anchieta, e Ilhota das Cabras, situada a nordeste da Ilha Anchieta. E tem ainda como parte integrante o entorno das ilhas, numa extensão de um quilômetro a partir da rebentação das águas nos rochedos e praias.
Biodiversidade
Abrigo do maior ninhal de aves marinhas da região Sudeste, especialmente de tesourões (Fregata magnificens), atobás (Sula leucogaster) e trinta-réis (Sterna sp). Foram identificadas ainda áreas de Floresta Atlântica e espécies endêmicas, que só existem ali, como a jararaca de alcatrazes (Bothrops sp), a perereca (Scinax alcatraz) e a rainha-do-abismo (Sinningia insularis), vegetação típica de rochedo.
Além disso, a região abriga diversas espécies marinhas, como a tartaruga cabeçuda (Carettra caretta), tartaruga verde (Chelonia mydas), tartaruga marinha (Lepidochelys coriacea) e tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata). Lima cita ainda a enguia-de-jardim (Heteroconger longissimus), uma espécie de peixe cuja única ocorrência registrada é na Ilha dos Alcatrazes, e 150 espécies de recifais já estudadas.
Arquipélago de Alcatrazes
Localizado no litoral norte de São Paulo, no município de São Sebastião, o Arquipélago de Alcatrazes já registrou 67 espécies de aves, 25 espécies de mamíferos (a maioria morcegos), 15 de répteis, 186 de peixes e 6 de anfíbios. As ilhas abrigam ainda 130 espécies de plantas e mais de 200 invertebrados, atestando sua riqueza biológica.
O isolamento geográfico e as condições adversas geradas pela distancia da costa originaram um mosaico de ecossistemas com muitas peculiaridades e elevado nível de endemismo, especialmente de repteis e anfíbios, destacando-se a jararaca-de-alcatrazes (Bothrops alcatraz) e a perereca-de-alcatrazes (Scinax alcatraz). A vegetação é de Mata Atlântica com predomínio de palmeiras, e guarda relações com as formações florestais do continente. Vários dos animais e plantas que lá vivem estão ameaçados de extinção.
Entre os peixes destaca-se o registro de nove espécies ameaçadas, tais como o neon (Elacatinus fígaro). Nos fundos rochosos encontram-se algas calcárias crostosas, com extensas áreas dominadas por Corallinaceae associadas a ouriços-do-mar. Altas densidades de tartarugas-marinhas utilizam o local como área de alimentação e refúgio e freqüentam o Arquipélago oito espécies de baleias e golfinhos. A baleia-de-Bryde (Balaenoptera edeni) é a espécie mais comumente avistada. O Arquipélago é considerado o ponto do litoral brasileiro de maior importância para esta espécie.
Programação
Convidado: Prof. Dr. Michel Mahiques
Convidada: Chefe da ESEC Kelen Luciana Leite
Convidados:Prof. Dr. Marcos Santos e Julio Cardoso
Convidados: Chefe da ESEC Kelen Luciana Leite e os Professores Marcos Santos e Julio Cardoso
Documentário sobre cetáceos (auditório) paralelo as visitas ao Museu para os que aguardam no Auditório.
Coordenação Prof.Marcos Santos
Fonte: Site ICM Bio/ Site Ambiente Brasil
Esse site é um registro passivo da memória do Convênio Diálogo para a Sustentabilidade que reuniu Petrobras, ReaLNorte e Universidade Católica de Santos e aconteceu de 2008 a 2012.