Segunda, 07 de Maio de 2012
A Embaixada italiana no Brasil quer dar um exemplo de economia verde na Rio+20. Sua iniciativaEmbaixada Verde, que tem o objetivo de torná-la autossustentável em água e energia, já tem resultados significativos. No dia 4 de maio de 2012, o sucesso será documentado e formalizado pelo ministro do meio ambienta da Itália, Corrado Clini, que chega ao Brasil para o lançamento da segunda etapa deste projeto.
A próxima fase da Embaixada Verde, iniciativa que nasceu há dois anos, prevê a assinatura de acordos setoriais que marcarão o avanço da autossuficiência da sede diplomática em Brasília. Hoje, o prédio da Embaixada da Itália produz mais energia do que consome - durante o dia – e tem um sistema de tratamento natural da água que recicla o recurso que é jogado fora.
Em relação á energia, há uma economia consistente graças à produção de 405 painéis fotovoltaicosinstalados em seu teto, que convertem a luz do Sol em eletricidade para abastecer o prédio. Nesta semana, Clini assinará um Acordo de Entendimento entre a Embaixada italiana, a CEB - Central Energética de Brasília e a UnB – Universidade de Brasília, que prevê troca de energia entre seu sistema fotovoltaico e a CEB. Ou seja, a Embaixada passará a enviar o adicional de energia produzido durante o dia para a rede elétrica da cidade e será abastecida por ela apenas à noite.
O acordo coletará dados sobre o consumo e a economia de energia, com vistas para a aquisição de um certificado de eficiência da planta solar. A nova fase do projeto Embaixada Verde ainda implementará economia energética a partir da substituição de lâmpadas tradicionais pelas de tecnologia LED – diodos emissores de luz.
Quanto ao uso da água, o ministro italiano assinará um Acordo de Entendimento com a Caesb – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal que prevê o monitoramento e a coleta de dados da fitodepuração da Embaixada. O sistema filtra e depura toda a água cinza que é eliminada pelo prédio e a transforma em água potável, para ser reaproveitada. Esta planta de fitodepuração permitiu que a Embaixada fosse desligada do sistema de esgoto da cidade e oferece perspectiva de desconto de cerca de 50% da conta de água. Considera-se, também, usar os dados coletados nesses sistemas para traçar um perfil de viabilidade técnica e financeira.
Tanto a planta fotovoltaica de energia quanto a de fitodepuração de água foram realizadas por empresas italianas. Os sistemas serão apresentados na Conferência em Desenvolvimento Sustentável da ONU, a Rio+20, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro. A Embaixada italiana pretende mostrar como a economia verde pode trazer benefícios ambientais e econômicos e ser a solução para situações de crise.
SEMINÁRIO ECONOMIA VERDE
Como parte do projeto Embaixada Verde, a sede diplomática ainda promoveu o Seminário Economia Verde, no dia 4 de abril, para discutir temas como energias renováveis, tratamento de águas refluentes e arquitetura sustentável. O evento contará com a participação do ministro Corrado Clini, além do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o do estado de Goiás, Marconi Ferreira Perillo Junior. O seminário Economia Verde também é promovido pelos Ministérios das Cidades, da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente do Brasil e da Itália.
Durante o seminário serão realizadas mesas de trabalho, com a participação de mais de 50 instituições, para incentivar colaborações em energia e tratamento hídrico. Uma das finalidades do projeto Embaixada Verde é favorecer a atuação de empresas italianas que estimulam a economia verde no mercado brasileiro.
Fonte: Planeta Sustentável
Esse site é um registro passivo da memória do Convênio Diálogo para a Sustentabilidade que reuniu Petrobras, ReaLNorte e Universidade Católica de Santos e aconteceu de 2008 a 2012.