Segunda, 16 de Janeiro de 2012
Os ventos estão favoráveis para o setor eólico brasileiro. Pela primeira vez, o país aparece entre os 10 mais atraentes para investimentos em energia renovável (graças, sobretudo, ao bom desempenho da eólica. De acordo com ranking trimestral realizado pela Ernst & Young, o Brasil ocupa agora a décima posição - oito acima na comparação com o mesmo período de 2010.
De acordo com o estudo “Renewable energy country attractiveness indices”, o terceiro trimestre de 2011 foi um bom momento para desenvolvedores da energia eólica no Brasil, com a realização de quatro leilões que forneceram oportunidades para remodelar o mercado energético nacional. A energia eólica chamou a atenção porque, pela primeira vez, seu preço caiu abaixo do da eletricidade gerada pelas termelétricas a gás natural.
“O ranking mostra o amadurecimento do segmento eólico dentro da matriz energética brasileira”, avalia Luiz Claudio Campos, sócio de Transações da Ernst & Young Terco. “Há exatamente um ano, o Brasil estava na 18ª posição no ranking. Em um futuro próximo, o País pode ocupar uma posição de ainda mais destaque, provavelmente devido ao setor eólico.”
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a capacidade de geração de energia eólica brasileira está no caminho certo para crescer em 600% até 2014 para mais de 7 gigawatts (GW), em comparação ao 1 GW alcançado no final de 2010. As razões para o bom resultado do setor no país incluem desde a recente chegada de fornecedores chineses de equipamentos, o que pode levar fornecedores locais a reduzirem seus preços para continuar competitivos, ao número crescente de fabricantes de turbinas no Brasil.
No entanto, ainda há desafios. De acordo com a Abeeólica, melhorias no processo de licenciamento ambiental e soluções para os problemas com a logística e portos continuam a ser as principais barreiras para o crescimento contínuo do setor de energia eólica no Brasil.
No cenário internacional, apesar do choque de geração de energia causado por eventos extremos como o tsunami no Japão e os conflitos no Oriente Médio e no Norte da África, a maioria dos países está ampliando seus portfólios de energias renováveis. A exceção fica por conta do continente europeu, que ainda sofre com a crise econômica.
Fonte: Revista Exame
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